Introdução
O Brasil foi o país que registrou o maior crescimento da comunidade Linux no último ano. Este é um dado que pode ser encontrado no site Linux Counter
(http://www.linuxcounter.org/), uma instituição que se propõe a contar o número de usuários que utilizam este sistema operacional.
Conseqüentemente, um maior número de usuários com pouca experiência está começando a usar este sistema operacional.
Foi pensando nisso que resolvemos elaborar este guia, que traz a solução para os principais problemas e algumas dicas para usuários avançados.
Aqui você também encontra uma relação das principais distribuições de Linux no mercado, mostrando inclusive os diferenciais de cada uma delas.
Depois você confere uma relação de perguntas e respostas e, por fim, algumas dicas para usar melhor o Linux.
Trata-se de um material indispensável para qualquer usuário, do doméstico à aquele que trabalha com suporte técnico.
Histórico/Resumo Voltar para Índice Geral
O que é Linux?
O Linux é um sistema operacional baseado no UNIX com distribuição livre para PCs com processadores 386/486/Pentium.
O Kernel (núcleo do sistema operacional) do Linux foi, originalmente escrito por Linus Torvalds, do Departamento de Ciência da Computação da Universidade
de Helsinki, Finlândia. Para isso, Linus contou com a ajuda de vários programadores voluntários, através da Internet.
Além disso, o criador do Linux iniciou a construção do kernel como um projeto particular, inspirado em seu interesse no Minix, um pequeno sistema UNIX
desenvolvido por Andy Tannebaum.
O Linux é de Domínio Público? Ele possui Copyright?
O copyright do kernel do Linux pertence a Linus Torvalds. Ele o colocou sob o GNU (General Público License), o que basicamente significa que todos podem
copiá-lo livremente, modificá-lo e distribuí-lo. Mas fica proibido impor qualquer restrição à sua distribuição e deve-se deixar seu código fonte disponível.
Detalhes completos estão no arquivo COPYING, no código fonte do kernel do Linux (provavelmente em /usr/src/linux do seu sistema).
As licenças dos utilitários e programas que vêm com as instalações são variadas; parte delas integra o projeto GNU, da Free Software Foundation, e também
está sobre a licença de livre utilização.
O que são distribuições?
O código fonte do kernel do Linux é distribuído gratuitamente. Devido a isso, várias companhias desenvolveram suas próprias "distribuições" do Linux.
Cada uma destas distribuições tem suas próprias características. Na grande maioria, estas distribuições estão disponíveis sem nenhum custo através de
download. Em alguns casos, elas podem ser compradas em CD por um preço muito baixo, já que as empresas ganham dinheiro vendendo o suporte técnico.
Conheça algumas das principais distribuições:
Caldeira OpenLinux: Produzido pela Caldera (http://www.caldera.com/) trata-se de uma distribuição voltada para o público corporativo. Sua principal característica é a instalação, que utiliza um ambiente gráfico chamado Lizard.
Craftworks Linux: O Craftworks (http://www.craftwork.com) possui um ambiente de desenvolvimento completo que inclui C++, OBJ C e compilador de Fortran g77. Além disso, há um kit para desenvolvimento gcc 2.7.2 com um debugger bastante estável.
Debian GNU/Linux (http://www.debian.org): inclui centenas de pacotes de software e possui a maioria dos softwares da GNU, TeX e o XWindow System (versão XFree86). Cada pacote é uma unidade independente, ou seja, não é associado com qualquer lançamento particular do sistema ou de esquema de distribuição. Qualquer um pode criar seus próprios pacotes e fazer um upgrade neste sistema operacional.
Infomagic Linux: Desenvolvida pela Infomagic (http://www.infomagic.com), contém diversas demonstrações de softwares comerciais. Também inclui uma completa documentação online.
Kheops Linux: Uma distribuição RedHat francesa que pode ser encontrada no site http://www.linux-kheops.com/.
TurboLinux (http://www.turbolinux.com): contém aplicações de host, um GUI (versão XFree86 3.3) com um desktop fácil de usar, documentação e suporte técnico. Atualmente esta versão está disponível para a plataforma Intel i386, mas existem planos para plataforma Alpha da DEC e PPC.
RedHat Linux (http://www.redhat.com): esta é provavelmente a distribuição Linux mais utilizada atualmente. Devido a isso, o RedHat se tornou uma espécie de
padrão que rege o desenvolvimento de todas as outras distribuições.
Para se ter uma idéia do sucesso obtido pelo RedHat Linux, foi neste sistema operacional que surgiu a instalação através de pacotes RPM, que facilita na hora de
instalação e remoção de um programa.
LinuxWare: Desenvolvido pela Trans-Ameritech (http://www.trans-am.com) é um clone do sistema operacional UNIX fácil de instalar. É ideal tanto para quem
está interessado em aprender o UNIX, como para estudantes e usuários de PCs domésticos.
Sua instalação pode ser executada a partir do Windows ou do DOS, desde que a unidade de CD-ROM seja de um padrão compatível.
Slackware Linux: O Slakeware Linux, produzido pela Walnut Creek (http://www.cdrom.com) é compatível com a maioria dos PCs baseados no processador Intel PC. Ele suporta a maioria dos drivers de CD-ROM, placa de som, ethernet e mouse.
S.u.S.E. Linux: Desenvolvido pela S.u.S.E. GmbH (http://www.suse.de/), contém um menu de instalação em inglês ou alemão, ferramentas de Internet e emuladores para o DOS, Atari ST, Amiga, C64, C128, VIC20, PET, ZX Spectrum e muito mais.
Compatibilidade Voltar para Índice Geral
O Linux está certificado para o ano 2000?
Sim. O Linux utiliza um sistema que vai contando quantos segundos já se passaram desde 1970. Desta forma, não houve problemas na virada para o ano 2000.
Por outro lado, a previsão de estouro deste contador é em 2038.
Provavelmente, até lá uma solução já estará implementada.
O Linux roda em computadores Macintosh?
Existe um projeto de criação de um Linux para PowerPC que já está bem maduro, mas ainda não está disponível para teste. Para obter mais informações sobre
isso, consulte o site oficial da empresa na Internet, em: http://www.mklinux.org/.
Como fazer para instalar o Linux via rede usando o SMB?
Se você optar pela instalação via Samba, preencha os dados desta forma:
//nome-máquina/nome-do-compartilhamento
Como configurar uma conexão via kppp?
Antes de mais nada, você precisa configurar seu modem e editar o arquivo /etc/ppp/options, removendo a linha lock. Para isso, é necessário estar conectado
como root.
Em seguida, conecte-se como um usuário normal e entre no X. Chame o kppp e siga os passos:
Como configurar uma conexão via control-panel?
Para configurar uma conexão, faça o seguinte:
Desta forma você acaba de criar uma interface ppp, ou seja, uma nova conexão discada para a Internet via control-panel.
Como configurar a interface de rede eth0 manualmente?
Crie o arquivo /etc/sysconfig/network-scripts/ifcfg-eth0 seguindo esta estrutura:
DEVICE=eth0
IPADDR=192.168.200.1
NETMASK=255.255.255.0
NETWORK=192.168.200.0
BROADCAST=192.168.200.255
ONBOOT=yes
BOOTPROTO=none
Substitua os endereços acima com os endereços de sua máquina e rede. Depois execute o comando:
ifup eth0
Quando você reinicializar sua máquina as configurações serão habilitadas automaticamente.
Desabilitando o Ctrl+Alt+Del no Linux#Trap CTRL-ALT-DELETE |
keycode 22 = BackSpace |
Como me conecto a um provedor de acesso com o Linux?
No modo gráfico, acesse o control-panel, na interface do KDE, e clique sobre o ícone kppp. No modo texto, o processo é feito no Minicom. Veja como fazer
isso:
minicom -s -con -L
/usr/sbin/pppd/dev/modem
defaultroute
Como discar para o provedor de acesso pelo control-panel?
No control-panel, clique no ícone Network Configuration e em seguida Interfaces. Selecione a interface PP e clique no botão Activate.
O modem irá iniciar a discagem e uma conexão será efetuada. Caso ocorra algum problema, você pode visualizar o que está acontecendo usando os registros do
Linux. Para isso, basta acessar o arquivo de sistema /var/log/messages, onde eventuais mensagens de erro são gravadas.
O modem disca, mas a conexão cai.
No control-panel, clique em Network Configuration e edite sua interface PPP.
Localize a opção Networking e ative a Set default route when making the connection (defaultroute). Caso não dê resultado, abra um console e digite:
tail -f /var/log/messages
Este comando permitirá que você monitore o que está sendo feito no momento em que a conexão está sendo estabelecida.
Note também que o servidor pppd deve estar ativo e a rota padrão deve ser o dispositivo ppp0.
Se ainda assim o problema não for solucionado, como última alternativa, tente ativar o pppd manualmente após a conexão. Em seguida, adicione a rota:
pppd /dev/modem defaultroute
route add default dev ppp0
sndconfig -noprobe
É possível alterar as configurações do LILO?
Escolha seu editor de textos favorito e edite o arquivo /etc/lilo.conf
Para mudar o tempo de espera padrão, altere a linha:
timeout=50
Você também pode mudar o sistema padrão a ser inicializado. Para isso, procure por uma entrada do tipo default=linux. Caso você não a encontre, insira este comando logo após a linha prompt:
default=identificação-do-sistema
Confira o exemplo abaixo para entender melhor como o Lilo funciona:
prompt
timeout=50
other = /dev/hda1
label=win
Para ter o Windows como padrão, apenas coloque:
prompt
default=win
timeout=50
other = /dev/hda1
label=win
Lembre-se apenas que após qualquer mudança no Lilo, é necessário digitar o comando Lilo para que as mudanças tenham efeito.
Desinstalei o Linux mas não consigo retirar o LILO
O LILO está gravado no Maste Boot Record (MBR) de seu disco rígido, não basta apagar as partições e formatar o disco para removê-lo. Para retirar o LILO,
digite o seguinte comando no fdisk do DOS:
fdisk /mbr
Se preferir, você também pode fazer este procedimento no Linux. Neste caso, digite:
lilo -u /etc/lilo.conf
Na inicialização aparece LI, LI- ou 01 01 01 e o sistema trava
Antes de mais nada, certifique-se que o LILO foi instalado no MBR. Em seguida, entre com um disco de boot do Linux e carregue seu sistema operacional
digitando:boot root=/dev/hdax
(onde hdax é a partição em que seu Linux está instalado).
Quando o Linux carregar, digite o comando Lilo para que seu MBR possa ser reconstruído. Isto deve resolver o problema, trazendo de volta o Lilo ao seu
computador.
Como recuperar o LILO?
Caso algum problema ocorra como o seu Lilo, coloque o disco de boot na máquina e inicie uma nova instalação normalmente.
Algumas perguntas aparecerão (tipo de teclado, idioma, etc). Quando surgir a tela perguntando se você prefere a Instalação ou Atualização, escolha Atualização.
Não selecione a instalação dos pacotes individualmente, o que fará com que nenhum pacote seja instalado.
A instalação do Lilo será iniciada. Opte por instalá-lo no MBR e continue a atualização. Depois que aparecer a mensagem Instalando o carregador de
inicialização LILO, você pode retirar o disquete do drive e pressionar as teclas Crtl+Alt+Del. Isto irá fazer com que seu computador seja reiniciado, agora com o
Lilo recuperado.
Instalei o Windows e o LILO sumiu
Ao ser instalado, o Windows apagou o LILO do MBR. Para resolver este problema, será preciso reconstruir o Lilo e adicionar, manualmente, uma entrada para
o Linux.
Recupere o Linux, seguindo as instruções da questão anterior. Em seguida, entre no Linux e edite o /etc/lilo.conf.
Abaixo você encontra um exemplo de um lilo.conf que mostra como devem ser feitas as entradas para Linux e Windows:
boot=/dev/hda
map=/boot/map
install=/boot/boot.b
prompt
default=win
image=/boot/vmlinuz
label=linux
root=/dev/hda5
read-only
other = /dev/hda1
label=win
table=/dev/hda
Como faço para o Linux reconhecer mais de 64MB de RAM?
O problema do Linux aparentemente não reconhecer mais de 64MB de RAM está relacionado à limitações da BIOS (as mais recentes não têm esse problema).
Para informar ao Linux que seu computador possui 128MB de RAM, por exemplo, sem depender dos dados da BIOS, apenas coloque a linha seguinte em
/etc/lilo.conf:
append="mem=128M"
Agora basta executar o Lilo, digitando o comando de mesmo nome, para fazer valer essa alteração.
ConsoleVoltar para Índice Geral
Como alterar a cor do fundo e da letra no console?
Digite o seguinte comando no seu console:
setterm -background cyan -foreground black
As cores possíveis são: black, blue, green, cyan, red, magenta, yellow, white, default.
Para tornar essa mudança definitiva, inclua a linha mostrada acima no seu arquivo /.bashrc .
Como deixar o 'ls' sempre colorido?
Edite seu /etc/bashrc e adicione a seguinte linha de comando:
ls="ls -- color"
Essa alteração só terá efeito na próxima vez que você efetuar o logon no Linux.
Como mudar a fonte na console?
Para ver as fontes possíveis, digite o comando:
ls /usr/lib/kbd/consolefonts
Em seguida, altere a fonte usando a seguinte sintaxe:
setfont
Como configuro a proteção de tela na console?
Execute o comando:
setterm -blank número
A palavra número deve ser substituída pela quantidade de minutos de inatividade antes de rodar a proteção de tela.
Drives Voltar para Índice Geral
Como acessar meu CD-ROM IDE?
Antes de mais nada, você deve montar o CD-ROM para poder acessá-lo. Para fazer isso, digite:
mount /mnt/cdrom
Se futuramente você quiser desmontar a unidade (isto é necessário para remover o disco), digite o comando:
umount /mnt/cdrom
Como acessar o meu HD IDE, na partição em que está o Windows, a partir do Linux?
Assim como no CD-ROM, você deve primeiramente montar o HD para poder acessá-lo. Siga os passos abaixo e veja como visualizar os arquivos do seu disco
rígido com o Windows:
Crie um local para a montagem (ponto de montagem) para o HD que contém os arquivos do Windows. Para isso digite o seguinte comando:
mkdir /mnt/win
mount -t vfat /dev/hdXn /mnt/win
hda | HD master na IDE0 |
hdb | HD slave na IDE0 |
hdc | HD master na IDE1 |
hdd | HD slave na IDE1 |
Por exemplo, se o seu Windows está localizado no HD Master na IDE0, e possui apenas uma partição C, o campo /dev/hda1
Como criar/formatar um disquete para o Linux?
Para formatar um disquete, digite o seguinte comando:
fdformat /dev/fd0H1440
Se você quiser criar um sistema de arquivos do Linux (ext2) checando os blocos ruins, digite:
mke2fs -c /dev/fd0
Como acesso meu drive de disquete?
Para se utilizar disquetes Linux (ext2), use o seguinte comando:
mount /mnt/floppy
Antes de retirar o disquete é recomendável desmontar a unidade. Use o seguinte comando:
umount /mnt/floppy
Agora é só acessar o diretório /mnt/floppy, onde estarão todos os arquivos disponíveis no seu disco.
Se você quiser utilizar disquetes formatados no DOS, você precisará usar o mtools.
Normalmente esse pacote é adicionado durante a instalação do Linux. Caso contrário, instale o pacote mtools e use comandos normais do DOS com um "m" na
frente. Veja este exemplo:
mcopy a:\*.txt /tmp
mdir a:
Os comandos disponíveis são: mattrib, mbadblocks, mcd, mcheck, mcomp, mcopy, mdel, mdeltree, mdir, mformat, minfo, mkmanifest, mlabel, mmd, mmount, mmove, mpartition, mrd, mread, mren, mtools, mtoolstest, mtype, mwrite, mxtar, mzip
Como criar um disco de boot?
Para criar um disco de boot durante a instalação, aperte a tecla F2 logo depois que o LILO for adicionado. Isto fará com que uma janela de modo texto
apareça. Em seguida, digite:
lilo -b /dev/fd0
Caso você queira criar o disco de boot em um computador que já tenha o Linux instalado, proceda da seguinte maneira:
/sbin/lilo -b /dev/fd0
Outro modo para criar um disco de inicialização é você usar o utilitário mkbootdisk. Antes de mais nada, acesse o sistema como root e veja qual é a versão do kernel que está sendo utilizada. Isto pode ser verificado através do arquivo "/etc/lilo.conf". Veja se o arquivo tem este conteúdo, por exemplo:
boot=/dev/hda |
# mkbootdisk -device /dev/fd0 |
Agora siga as instruções que aparecerão na tela. Após fazer isso, é recomendável testar o disquete para se certificar que tudo está funcionando corretamente. Para fazer isso, insira-o no drive A e reinicie o computador. Se ele estiver funcionando o menu de login do Lilo será exibido.
Posso recuperar arquivos apagados (undelete)?
Atualmente é praticamente impossível recuperar arquivos apagados no Linux. Isto ocorre devido à estrutura multitarefa do sistema operacional Unix.
Algumas funções de recuperação estão em desenvolvimento, mas não se deve esperar grandes resultados.
IRQ's Voltar para Índice Geral
Como faço para ver as IRQs (interrupções) no Linux?
Para configurar as interrupções do seu computador, digite:
cat /proc/interrpts
(Des)Compactação de Arquivos Voltar para Índice Geral
Como descompacto arquivos no Linux?
Para descompactar arquivos com .tar.gz, digite:
tar -xvzf
Para descompactar arquivos com .tar, digite:
tar -xvf
Para descompactar arquivos em .tgz (.gzip):
gzip -d
gunzip
Para descompactar arquivos .zip:
unzip
Dicas muito úteis Voltar para Índice Geral
Discagem automática
É muito comum que os usuários de Linux liguem manualmente sempre que for realizada uma conexão com a Internet. Porém, é possível fazer com que o Linux
disque automaticamente.
Para isso existe o "Diald". Atualmente na versão 0.98.3, você pode encontrar o programa para download em http://diald.unix.ch/.
O Diald funciona através da criação de duas interfaces de rede: uma é PPP, com o provedor de acesso; a outra, que pode ser chamada de "virtual", usa o
protocolo SLIP.
Essa interface virtual é usada apenas para dar a ilusão de que a conexão com a Internet está sempre ativa. Quando ativado, o Diald constantemente aciona a
interface virtual. Quando surge alguma requisição, ele disca, conecta com o seu provedor e redireciona o tráfego para a interface verdadeira (PPP).
Esta solução tem um pequeno inconveniente: muitas vezes os primeiros pedidos enviados, aqueles que disparam o processo de discagem, são perdidos. Mas
normalmente isso não gera nenhuma conseqüência grave.
Utilidade para a tecla Windows
Os teclados mais novos possuem duas teclas Windows e uma tecla Popup - são teclas com símbolos que normalmente ficam posicionadas próximo à barra de
espaços. Estas teclas têm funções bem definidas em ambientes Windows, mas normalmente ficam desativadas no Linux.
Se você ocasionalmente faz programas ou scripts e tem um teclado com suporte a acentuação em português, já deve ter reparado como é chato ter de apertar
duas vezes as teclas dos acentos sempre que você precisa inserir um apóstrofo ou aspas.
Então que tal usar as teclas Windows e Popup como substitutos para as aspas? É um procedimento bastante simples, e as demais teclas continuam funcionando
normalmente (inclusive a acentuação).
Crie ou abra o arquivo ~/.xmodmap e acrescente as seguintes linhas:
keycode 115=apostrophe
keycode 116=quotedbl
keycode 117=grave
Agora basta rodar o comando xmodmap:
~/.xmodmap
Com isso, suas teclas do Windows terão assumido o apóstrofe, aspas e crase. Você vai ter que repetir o xmodmap sempre que entrar no X. Portanto, o ideal é incluir este comando no início de um dos seus arquivos de inicialização do X, como por exemplo, o ~/.xinitrc
Root
O root pode fazer o que ele quiser. Ele tem permissões para alterar qualquer configuração do sistema, tendo acesso a lugares aos quais usuários normais não
teriam, ou ler e modificar arquivos que ninguém teria permissão.
Isto porque, como o Linux é um sistema completo e de multiusuários, o root é um administrados do sistema, que tem como objetivo mantê-lo organizado.
Desta forma, nunca use o sistema logado como root, pois você pode acabar apagando um arquivo acidentalmente ou comprometendo a segurança do seu Linux.
O procedimento mais correto é você criar um novo usuário - mesmo que só você use a sua estação - e, quando necessário, conectar-se como root.
SU - super usuário
Se você está utilizando o sistema como um usuário, e necessita alterar algum arquivo que não tem permissão, você pode mudar o seu login usando um comando
chamado su. Caso queira mudar para o user usuário utilize:
su usuário
Ele pedirá a senha do root e você estará logado como "usuário". Desta forma, se quiser mudar de user para o root você usa somente o comando su.
Arquivos de configuração
No Linux existem vários tipos de arquivos de configuração, e não são poucos.
A maioria não tem permissão de leitura para todos os usuários, mas é bom tomar algum cuidado. O /etc/passwd, por exemplo, tem permissão de leitura para
todos mas pode ser alterado somente pelo root.
Para editar os arquivos, de preferência, conecte-se como root e use um editor de texto. Aqui você confere alguns dos arquivos:
PID | TTY | STAT | TIME | COMMAND |
---|---|---|---|---|
1 | ? | S | 0:02 | init |
2 | ? | SW | 0:00 | (kflushd) |
3 | ? | SW | 0:00 | (kswapd) |
4 | ? | SW | 0:00 | (nfsiod) |
13 | ? | S | 0:00 | /sbin/update |
54 | ? | S | 0:00 | /usr/sbin/syslogd |
57 | ? | S | 0:00 | /usr/sbin/klogd |
61 | ? | S | 0:00 | /usr/sbin/inetd |
Há também um complemento deste comando chamado ps -aux, que mostra mais detalhes. Com ele você verá, por exemplo, a porcentagem de memória e CPU
que o processo está consumindo.
Para mais detalhes, utilize os manuais do Linux digitando:
man ps
ou ps-- help
Agora que você já sabe como visualizar os processos, veja como fazer para manipulá-los.
Caso você esteja utilizando seu sistema e algum dos processos trave, não será possível sair dele. Desta forma, você ficará impossibilitado de utilizar o aplicativo.
A solução neste caso é "matar" este processo, usando o comando kill. A forma mais comum de utilizar este comando é kill -9 PID. Por exemplo:
kill -9 1035
Lembre-se que apenas o usuário que criou o processo será capaz de interrompê-lo, exceto se você estiver logado como root.
Há também um comando chamado killall, que mata os processos pelo nome. Ele é muito usado quando você configurou algum arquivo e quer reiniciar o
programa.
Nestes casos, digite o camando killall -HUP programa. Por exemplo:
killall -HUP inetd
No exemplo acima, o comando killall reinicia os aplicativos de rede, lendo novamente os arquivos de configuração.
Edição rápidas de arquivos de texto# pico /usr/local/siqueira/texto.txt
# mcedit /usr/local/siqueira/texto.txt
Gerenciamento de ArquivosF1 | Ativa a ajuda do programa. |
F2 | Exibe o menu de configuração do programa. |
F3 | Permite visualizar arquivos e diretórios. |
F4 | Permite editar arquivos e diretórios. |
F5 | Copia o arquivo selecionado para o diretório de destino posicionado na janela. |
F6 | Renomeia o arquivo selecionado com o cursor. |
F7 | Permite criar um novo diretório no local selecionado. |
F8 | Apaga o arquivo selecionado. |
F9 | Exibe o menu de comandos do programa. |
F10 | Sai do programa. |
DOS | Linux |
---|---|
com1 | /dev/cua0 |
com2 | /dev/cua1 |
com3 | /dev/cua2 |
com4 | /dev/cua3 |
DOS | LINUX |
---|---|
BACKUP device dir/ | tar -Mcvf |
CD dirname\ | cd dirname/ |
COPY file1 file2 | cp file1 file2 |
DEL file | rm file |
DELTREE dirname | rm -R dirname/ |
EDIT file | vi file |
FORMAT | fdformat |
HELP command | man command |
MD dirname | mkdir dirname/ |
MOVE file1 file2 | mv file1 file2 |
PRINT file | lpr file |
PRN | /dev/lp0, /dev/lp1 |
RD dirname | rmdir dirname/ |
REN file1 file2 | mv file1 file2 |
TYPE file | less file |
WIN | startx |
Ctrl + h | apaga o último caracter |
Ctrl + w | apaga a última palavra |
Esc | passa para o modo comando |
Modo comando: | |
Ctrl + f | passa para a tela seguinte |
Ctrl + b | passa para a tela anterior |
H | move o cursor para a primeira linha da tela |
M | cursor vai para o meio da tela |
L | move o cursor para a última linha da tela |
h | move o cursor para caracter à esquerda |
j | move o cursor para linha abaixo |
k | move o cursor para linha acima |
l | move o cursor para caracter à direita |
w | move o cursor para início da próxima palavra |
b | move o cursor para início da palavra anterior |
/palavra | procura pela palavra acima ou abaixo do texto |
?palavra | move cursor para a ocorrência anterior da palavra |
Ctrl + g | mostra o nome do arquivo e o número da linha corrente |
Links simbólicos
Eu gostaria de verificar uma lista de todos os links simbólicos do meu Linux. Existe algum comando que realize este tipo de tarefa
automaticamente?
Para verificar todos os links simbólicos do Linux você deve usar o comando find em conjunto com alguns parâmetros. Veja quais são eles:
# find . -type | -exec ls -l {} \ |
Após digitar este comando a relação de todos os links aparecerá.
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![]() Quem administra uma rede Linux sabe que freqüentemente é necessário se conectar como root para realizar diversas tarefas. Para facilitar este tipo de ação existe o comando su (substitute user - usuário substituto). Ele permite que você assuma a identidade de um outro usuário (desde que você saiba a senha, claro) sem que seja necessário efetuar o logon novamente. Veja este exemplo: # su - edson -c mail ls
Este comando irá executar o comando ls como se fosse o usuário edson, mesmo que você esteja conectado como outro username. O uso desse recurso é bastante comum para usuários que precisam rodar processos com permissão superior e não podem efetuar o logon novamente. ![]() |
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